Fotoletras Poéticas

Escrever, fotografar: eis a poesia do sentir; eis a poesia do olhar! Fotografar o que se vê, escrever o que se sente!
Eis-me aqui...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lua III

Todos os direitos reservados ao autor. Não autorizada cópia. Indique a leitura através deste blog: www.fotoletraspoeticas.blogspot.com

Lua IV

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A Força Interior

Foto: Gabriel Pessoa / Monte Verde - MG.

"A Força é o que faz mover."

A Força Interior

Karina Araújo Campos

Belo Horizonte, 24 de fevereiro de 2010.



Eu acredito que algo nos move o íntimo

Toca mesmo que suave o âmago

Como águas-vivas leves e flutuantes

A tocar nossa essência...


Os estímulos são mil

Mas é preciso desejar

E um certo motivo nos encanta

Na busca pelo concretizar.


Eu só acredito no querer

Com a força interior

Ininterrupta do fazer


Quem “quer” e espera sem buscar

Não quer.


Contudo, só é possível

Querer para si


Querer pelo outro

Para o outro

Nem sempre é o

Desejar do outro...


Essa força interior que nos move:

Incêndio

Do buscar

Do lutar

Do viver


Animus

Anima

Faísca


A vitória, mesmo que experiência

Vivência

É riqueza conquistada com louvor.


Eu acredito na busca individual e singular

Antes de ser coletiva...


A vitória pode ser de todos

Mas a conquista é de cada um.


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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

TANGO

Foto: "Meus Pés", by Gabriel Pessoa.

Karina Araújo Campos
Fevereiro de 2010.

TANGO


“De tudo na vida “moderna”

a dança a dois é um dos últimos

feitos de domínio exclusivo

do Homem( sexo masculino).

Espero eu que ele domine

no dançar para sempre a mulher:

Amém”! Karina Campos.


Nesta música que dança

compasso rápido e sangrio

emana da dramaturgia do

sonhar: Ah! Magia...

Dominada, constrangida,

felina e sensual

numa entrega doce!

A alma quer

enquanto o corpo diz não

Proteção de mãos

Envolventes

Troca de pés e pernas

Num bailar de lutas

Será tragédia?

Será eterno?

Ela vai

Ele volta

Ela volta

Ele vai

No Tango

Juntos...

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Das Futilidades

Karina Araújo Campos

Belo Horizonte / Fevereiro de 2010.


Há aqueles que dão vida

à própria vida mergulhada no vazio

da solidão fútil:


- O buraco negro dos valores fúteis,

tão fúteis, tão fúteis, FÚTEIS...


Para os fúteis: ÚTEIS...


Se não: Ah! Morte cruel do âmago do banal ser!


A vaidade frente “ao que se é”;

Esquece-se do “quem se é”;

E se completa no mundo pelo TER...


O fútil é aquele que é o próprio pronome ME

juntamente com o Ter e a própria (e cansativa)

“vanglorização”: ME TER / METER / TER ME ...

É um sujeito oblíquo tônico!


E lhes faltam competências e

lhes faltam habilidades:

que ele diz tê-las todas...


Resta-lhes a insegurança e o sorriso vulgar

do seu próprio TER...

Sem isso, será que ele existe?


Ah! Morte cruel que matou o Ter do medíocre ser...


Não aprecia; só compete...

Matuta, matuta, matuta...

Meticuloso e articulado ser...

Críticas lhe sobram!

Desdenham do mundo ao seu redor

Seu mundo é o melhor...


Não tem nada que não saiba.

Não tem nada que não viveu.

Não tem nada a aprender.

Sabe tudo...


Se algo bom ou bonito lhe “parece”

aproveita sempre para reiterar o que

não lhe está às vistas...


Só lhe serve o magro,

A oca / cidade na cabeça...

O que pode ser bom nos outros,

aproveita para fazer colocações

como se lhes apresentasse como defeitos...


Meticuloso e articulado...

Parece o “bonzinho”

Sobram-lhes as críticas,

faltam-lhes os elogios...


Morrem de curiosidades sobre os outros.

Não podem ficar para trás...


Seus valores não levam a crescimento algum...

Valores estéticos, “esbélticos”, egocêntricos...


Sol sem luz ofuscante

Centro de si mesmo

Ser de TER “ensimesmado”


Seu FALO engasgado na garganta

faz seu gozo jorrar na cara dos ouvintes.


Vive em completude com as próprias futilidades...


Exige ser aplaudido e ai se não for...

Embora não mereça um simples estalar de dedos!


Buraco negro: coisa sem conteúdo, vulgar, banal,

sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio...

Azio...

Azia...

Zio...


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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Sonho

Foto: Gabriel Pessoa

"O sonho realizado é primeiro idealizado:
Ouse sonhar sempre!"

Campos, Karina. 29 de dezembro de 2009.

Sobre Ética

O mundo seria muito melhor se as pessoas tivessem consciência do que a ética significa em seu contorno individual e social.

A frase do autor Rodrigo C. Pereira diz tudo: "O indivíduo, antes de ter uma ética ou seguir uma conduta ética sob forma de lei, é preciso que seja um ser ético".

No âmbito da Psicologia, João leite nos traz: "Nossa formação, sem descuidar do rigor conceitual, deve sustentar com clareza as implicações ético-políticas próprias da Psicologia como ciência e profissão..."

Não existe um indivíduo "mais ou menos" ético, ou se é ético ou não se é ético.

Vale a pena refletir sobre a ética e a moral!

Campos, Karina. 29 de dezembro de 2009.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Clamores de um Self


Este poema foi selecionado no Concurso - 2º Jogos Florais do Século XXI, promovido pelo Movimento Cultural aBrace e aBrace editora, e será lançado em abril de 2010, no Uruguai, no Poemário 2º Jogos Florais do Século XXI.

Por mais que passe o tempo,

na sua infinitude libertina,

trago minh’alma

cheia de um eu envolto de você.

Um eu em completude com o outro,

numa era existencial,

cada qual em sua análise.

Na incompletude nos buscamos,

nós seres humanos,

racionais, pensantes,

impacientes, agorafóbicos.

Quão frágeis no universo cósmico

das inconstâncias vividas,

já experienciadas, que ainda estão por vir...

Finda a era da procura

e a escada da busca

é de subida íngreme.

Quero alçar seu SER.

Deixar meu eu em você.

Um vôo ao anil a encontrar sua mão,

sorrir seu riso, alegra-me tua lágrima.

A fertilidade de uma vida

em meu óvulo a chegar.

Passe o tempo que passar,

o amor não passará.

Um self em evidência exterior,

clamor divino da maternidade.

Um sublime afeto a vislumbrar.

Pelo Cosmos dão-se as mãos:

O Amor e o Tempo hão de esperar.

A chegada certa à hora incerta,

sempre incerta.

Carregada de você sem fim.

Sem tempo, no tempo, com amor...

Colhida e acolhida e bem-amada.

Cercada de louvor...

Na voz das inconstâncias

prisioneira do querer,

agradecida, estarrecida,

inebriada de um querer...

Meu eu, você,

meu SER,

clamores de um self a viver.

Campos, Karina Araújo. Belo Horizonte, outubro de 2009.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Chegadas e Partidas

Foto: Dinâmica de grupo realizada nos últimos dias da Faculdade.

Karina Campos, 07 de dezembro de 2009.

Antes mesmo que pudéssemos conceber racionalmente o fim, não nos damos conta de que no mínimo cinco anos se passaram.

Deparamo-nos com o “parece que foi ontem” e é essa a sensação que dificulta a percepção do “acabou”. Preferimos talvez, acreditar que é um sonho. Ou até mesmo que amanhã iremos nos rever novamente na aula. Quantas outras hipóteses?

Outro dia comemorávamos a chegada à Faculdade, ao Curso tão sonhado: Psicologia!

Quantos vibraram, sorriram e choraram conosco! Alguns quase não acreditaram! Mas aconteceu! Aconteceu e cinco anos depois estamos aqui: acordados em pleno sonhar, vivenciando o aqui e o agora, num súbito real de ser, ser psicólogos!

Por todo esse tempo que é longo, mas ao mesmo tempo curto, vimos novas turmas chegarem e vimos turmas se despedindo naquele alvoroço festivo, conforme sentimos esse último semestre. Vai ser assim sempre! Alguns chegaram e chegarão, outros saíram e sairão antes do fim, foram e se vão sem se despedir, e nós concluímos, como outros concluirão!

Soubemos quem somos, e quem são alguns, jamais em total complexidade e subjetividade, mas um pedacinho de cada um ficou em todos nós!

Podemos dizer-nos sim, grandes vitoriosos, pois somente cada um sabe de si e do que foi preciso para essa conquista. Não nos cabem julgamentos: cabe o reconhecimento! Os esforços, as necessidades, o tempo, o trabalho, as decisões, o desejo, o sim, as dúvidas, o não, o ter, o ser... qual psicologia?

Numa coisa, acredito: optamos pela Psicologia do SER HUMANO!

Assim como saímos da Faculdade mais HUMANOS!

Nada é em vão! Nada foi, portanto. Palavras transformaram-se em atos, mesmo que falhos. E no mundo da psicologia só nos cabe compreender; desvestirmo-nos dos preconceitos e dos saberes prontos e construirmos. Essa constante desconstrução e construção.

Um lugar especial é o lugar do psicólogo: o lugar do sujeito suposto saber. Mesmo nós, compreendendo o que é o “suposto” sabemos sim, que vamos construir. E que não basta saber do T.O.C., não basta saber da Psicose, da Esquizofrenia, do Autismo, da Demência... Nós vamos construir sobre a subjetividade. Um profissional para cada demanda, para cada ser.

Chegar é bem melhor que partir, creio eu. Por várias vezes comentamos: é a única vez que formamos em Psicologia, portanto, realmente, isso não se repetirá. Não em Psicologia! Essa sensação, esse sentimento é para ser sentido e vivido agora. Mesmo que daqui a dois, três meses, lá na colação, não seja como agora... como nos despedimos na última sexta-feira, dia 04 de dezembro de 2009.

Não houve lágrimas palpáveis, mas as almas se derramavam umas sobre as outras, mesmo tendo pessoas que nunca antes se abraçaram entre si. Eu vi e senti pessoas transbordando de alegrias... O amanhã tão esperado é só prazer, é a realização do desejo de deliciar-nos como Psicólogos!

Para muitos foi uma luta, uma busca, um encontro... Uma vitória para todos! O que cada um foi buscar com certeza está levando! Temos o que buscamos e temos o que merecemos!

A cada SER que passou por mim, nessa caminhada, muito obrigada! Pessoas especiais vão e vêm nas nossas vidas, e nesses últimos tempos vislumbrei pessoas maravilhosas durante esse convívio!

Durante esse tempo nem todas as palavras foram de apoio, mas que de alguma forma fizeram com que surgisse uma força ainda maior dentro de nós para prosseguir. Muitos questionavam como iríamos conseguir. Pois é. Até hoje e ainda daqui por diante ficarão sem resposta. Faça-o. Esse é meu desafio. E podem contar comigo, pois eu apóio. É preciso apenas o querer.

Algumas palavras e frases são marcantes e nos impulsionam. Minha avó sempre dizia (à mim e à Vivi, minha irmã e companheira de curso): - Vocês são grandes vitoriosas e guerreiras, estudar e trabalhar não é para qualquer um, não”!

E eu digo vó, é pra muitos. É para quem quer de verdade. A vida é composta de teoria e prática e sai perdendo nesse mundo quem domina somente a teoria. Conhecer do mercado é conhecer da vida e conhecer a si mesmo. E agradeço ainda mais por reconhecer-nos vitoriosas e guerreiras.

Muitas pessoas nos aplaudiram e torceram sempre sem nada pedir em troca. E podem ter certeza que não passaram invisíveis ao nosso lado. É fácil perceber quem nos quer bem.

Tem aquelas pessoas que vibram conosco a cada passo e estão sempre presentes, e que sem elas, realmente, seria impossível estar aqui hoje, realizando esse sonho: Minha mãe Graça, meu pai Ari, mana Luciana e a princesa Luizinha, Vivi e Juninho!

E aquelas que abraçam nossa causa como se fosse a sua e sabem da importância de apoiar e reconhecer sempre: Clevane, muito obrigada!

Sobretudo meu maior companheiro e amor, a quem dedico inteiramente essa vitória, pois fez dos meus sonhos os nossos sonhos: Gabriel, amo você!

A todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação, muito obrigada!

É assim a vida, feita de chegadas e partidas, e logo que penso que essa é uma partida da Faculdade, dos colegas, eu chego agora numa nova vida, um longo caminho a percorrer. Uma nova estrada, um pouso nesta chegada, cheia de novas partidas e chegadas!

Chegadas e partidas...


Campos, Karina Araújo. Belo Horizonte, dezembro de 2009.

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