
Fotoletras Poéticas
Emoldurando Paisagens
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Lua III

Lua IV

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
A Força Interior
Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 24 de fevereiro de 2010.
Eu acredito que algo nos move o íntimo
Toca mesmo que suave o âmago
Como águas-vivas leves e flutuantes
A tocar nossa essência...
Os estímulos são mil
Mas é preciso desejar
E um certo motivo nos encanta
Na busca pelo concretizar.
Eu só acredito no querer
Com a força interior
Ininterrupta do fazer
Quem “quer” e espera sem buscar
Não quer.
Contudo, só é possível
Querer para si
Querer pelo outro
Para o outro
Nem sempre é o
Desejar do outro...
Essa força interior que nos move:
Incêndio
Do buscar
Do lutar
Do viver
Animus
Anima
Faísca
A vitória, mesmo que experiência
Vivência
É riqueza conquistada com louvor.
Eu acredito na busca individual e singular
Antes de ser coletiva...
A vitória pode ser de todos
Mas a conquista é de cada um.
Todos os direitos reservados ao autor. Não autorizada cópia. Indique a leitura através deste blog: www.fotoletraspoeticas.blogspot.com
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
TANGO
Karina Araújo Campos
TANGO
“De tudo na vida “moderna”
a dança a dois é um dos últimos
feitos de domínio exclusivo
do Homem( sexo masculino).
Espero eu que ele domine
no dançar para sempre a mulher:
Amém”! Karina Campos.
Nesta música que dança
compasso rápido e sangrio
emana da dramaturgia do
sonhar: Ah! Magia...
Dominada, constrangida,
felina e sensual
numa entrega doce!
A alma quer
enquanto o corpo diz não
Proteção de mãos
Envolventes
Troca de pés e pernas
Num bailar de lutas
Será tragédia?
Será eterno?
Ela vai
Ele volta
Ela volta
Ele vai
No Tango
Juntos...
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Das Futilidades
Karina Araújo Campos
Belo Horizonte / Fevereiro de 2010.
Há aqueles que dão vida
à própria vida mergulhada no vazio
da solidão fútil:
- O buraco negro dos valores fúteis,
tão fúteis, tão fúteis, FÚTEIS...
Para os fúteis: ÚTEIS...
Se não: Ah! Morte cruel do âmago do banal ser!
A vaidade frente “ao que se é”;
Esquece-se do “quem se é”;
E se completa no mundo pelo TER...
O fútil é aquele que é o próprio pronome ME
juntamente com o Ter e a própria (e cansativa)
“vanglorização”: ME TER / METER / TER ME ...
É um sujeito oblíquo tônico!
E lhes faltam competências e
lhes faltam habilidades:
que ele diz tê-las todas...
Resta-lhes a insegurança e o sorriso vulgar
do seu próprio TER...
Sem isso, será que ele existe?
Ah! Morte cruel que matou o Ter do medíocre ser...
Não aprecia; só compete...
Matuta, matuta, matuta...
Meticuloso e articulado ser...
Críticas lhe sobram!
Desdenham do mundo ao seu redor
Seu mundo é o melhor...
Não tem nada que não saiba.
Não tem nada que não viveu.
Não tem nada a aprender.
Sabe tudo...
Se algo bom ou bonito lhe “parece”
aproveita sempre para reiterar o que
não lhe está às vistas...
Só lhe serve o magro,
A oca / cidade na cabeça...
O que pode ser bom nos outros,
aproveita para fazer colocações
como se lhes apresentasse como defeitos...
Meticuloso e articulado...
Parece o “bonzinho”
Sobram-lhes as críticas,
faltam-lhes os elogios...
Morrem de curiosidades sobre os outros.
Não podem ficar para trás...
Seus valores não levam a crescimento algum...
Valores estéticos, “esbélticos”, egocêntricos...
Sol sem luz ofuscante
Centro de si mesmo
Ser de TER “ensimesmado”
Seu FALO engasgado na garganta
faz seu gozo jorrar na cara dos ouvintes.
Vive em completude com as próprias futilidades...
Exige ser aplaudido e ai se não for...
Embora não mereça um simples estalar de dedos!
Buraco negro: coisa sem conteúdo, vulgar, banal,
sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio...
Azio...
Azia...
Zio...
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terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Sonho
Sobre Ética
domingo, 27 de dezembro de 2009
Clamores de um Self

Este poema foi selecionado no Concurso - 2º Jogos Florais do Século XXI, promovido pelo Movimento Cultural aBrace e aBrace editora, e será lançado em abril de 2010, no Uruguai, no Poemário 2º Jogos Florais do Século XXI.
Por mais que passe o tempo,
na sua infinitude libertina,
trago minh’alma
cheia de um eu envolto de você.
Um eu em completude com o outro,
numa era existencial,
cada qual em sua análise.
Na incompletude nos buscamos,
nós seres humanos,
racionais, pensantes,
impacientes, agorafóbicos.
Quão frágeis no universo cósmico
das inconstâncias vividas,
já experienciadas, que ainda estão por vir...
Finda a era da procura
e a escada da busca
é de subida íngreme.
Quero alçar seu SER.
Deixar meu eu em você.
Um vôo ao anil a encontrar sua mão,
sorrir seu riso, alegra-me tua lágrima.
A fertilidade de uma vida
em meu óvulo a chegar.
Passe o tempo que passar,
o amor não passará.
Um self em evidência exterior,
clamor divino da maternidade.
Um sublime afeto a vislumbrar.
Pelo Cosmos dão-se as mãos:
O Amor e o Tempo hão de esperar.
A chegada certa à hora incerta,
sempre incerta.
Carregada de você sem fim.
Sem tempo, no tempo, com amor...
Colhida e acolhida e bem-amada.
Cercada de louvor...
Na voz das inconstâncias
prisioneira do querer,
agradecida, estarrecida,
inebriada de um querer...
Meu eu, você,
meu SER,
clamores de um self a viver.
Campos, Karina Araújo. Belo Horizonte, outubro de 2009.
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Chegadas e Partidas
Karina Campos, 07 de dezembro de 2009.
Deparamo-nos com o “parece que foi ontem” e é essa a sensação que dificulta a percepção do “acabou”. Preferimos talvez, acreditar que é um sonho. Ou até mesmo que amanhã iremos nos rever novamente na aula. Quantas outras hipóteses?
Outro dia comemorávamos a chegada à Faculdade, ao Curso tão sonhado: Psicologia!
Quantos vibraram, sorriram e choraram conosco! Alguns quase não acreditaram! Mas aconteceu! Aconteceu e cinco anos depois estamos aqui: acordados em pleno sonhar, vivenciando o aqui e o agora, num súbito real de ser, ser psicólogos!
Por todo esse tempo que é longo, mas ao mesmo tempo curto, vimos novas turmas chegarem e vimos turmas se despedindo naquele alvoroço festivo, conforme sentimos esse último semestre. Vai ser assim sempre! Alguns chegaram e chegarão, outros saíram e sairão antes do fim, foram e se vão sem se despedir, e nós concluímos, como outros concluirão!
Soubemos quem somos, e quem são alguns, jamais em total complexidade e subjetividade, mas um pedacinho de cada um ficou em todos nós!
Podemos dizer-nos sim, grandes vitoriosos, pois somente cada um sabe de si e do que foi preciso para essa conquista. Não nos cabem julgamentos: cabe o reconhecimento! Os esforços, as necessidades, o tempo, o trabalho, as decisões, o desejo, o sim, as dúvidas, o não, o ter, o ser... qual psicologia?
Numa coisa, acredito: optamos pela Psicologia do SER HUMANO!
Assim como saímos da Faculdade mais HUMANOS!
Nada é em vão! Nada foi, portanto. Palavras transformaram-se em atos, mesmo que falhos. E no mundo da psicologia só nos cabe compreender; desvestirmo-nos dos preconceitos e dos saberes prontos e construirmos. Essa constante desconstrução e construção.
Um lugar especial é o lugar do psicólogo: o lugar do sujeito suposto saber. Mesmo nós, compreendendo o que é o “suposto” sabemos sim, que vamos construir. E que não basta saber do T.O.C., não basta saber da Psicose, da Esquizofrenia, do Autismo, da Demência... Nós vamos construir sobre a subjetividade. Um profissional para cada demanda, para cada ser.
Chegar é bem melhor que partir, creio eu. Por várias vezes comentamos: é a única vez que formamos em Psicologia, portanto, realmente, isso não se repetirá. Não em Psicologia! Essa sensação, esse sentimento é para ser sentido e vivido agora. Mesmo que daqui a dois, três meses, lá na colação, não seja como agora... como nos despedimos na última sexta-feira, dia 04 de dezembro de 2009.
Não houve lágrimas palpáveis, mas as almas se derramavam umas sobre as outras, mesmo tendo pessoas que nunca antes se abraçaram entre si. Eu vi e senti pessoas transbordando de alegrias... O amanhã tão esperado é só prazer, é a realização do desejo de deliciar-nos como Psicólogos!
Para muitos foi uma luta, uma busca, um encontro... Uma vitória para todos! O que cada um foi buscar com certeza está levando! Temos o que buscamos e temos o que merecemos!
A cada SER que passou por mim, nessa caminhada, muito obrigada! Pessoas especiais vão e vêm nas nossas vidas, e nesses últimos tempos vislumbrei pessoas maravilhosas durante esse convívio!
Durante esse tempo nem todas as palavras foram de apoio, mas que de alguma forma fizeram com que surgisse uma força ainda maior dentro de nós para prosseguir. Muitos questionavam como iríamos conseguir. Pois é. Até hoje e ainda daqui por diante ficarão sem resposta. Faça-o. Esse é meu desafio. E podem contar comigo, pois eu apóio. É preciso apenas o querer.
Algumas palavras e frases são marcantes e nos impulsionam. Minha avó sempre dizia (à mim e à Vivi, minha irmã e companheira de curso): - Vocês são grandes vitoriosas e guerreiras, estudar e trabalhar não é para qualquer um, não”!
E eu digo vó, é pra muitos. É para quem quer de verdade. A vida é composta de teoria e prática e sai perdendo nesse mundo quem domina somente a teoria. Conhecer do mercado é conhecer da vida e conhecer a si mesmo. E agradeço ainda mais por reconhecer-nos vitoriosas e guerreiras.
Muitas pessoas nos aplaudiram e torceram sempre sem nada pedir em troca. E podem ter certeza que não passaram invisíveis ao nosso lado. É fácil perceber quem nos quer bem.
Tem aquelas pessoas que vibram conosco a cada passo e estão sempre presentes, e que sem elas, realmente, seria impossível estar aqui hoje, realizando esse sonho: Minha mãe Graça, meu pai Ari, mana Luciana e a princesa Luizinha, Vivi e Juninho!
E aquelas que abraçam nossa causa como se fosse a sua e sabem da importância de apoiar e reconhecer sempre: Clevane, muito obrigada!
Sobretudo meu maior companheiro e amor, a quem dedico inteiramente essa vitória, pois fez dos meus sonhos os nossos sonhos: Gabriel, amo você!
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação, muito obrigada!
É assim a vida, feita de chegadas e partidas, e logo que penso que essa é uma partida da Faculdade, dos colegas, eu chego agora numa nova vida, um longo caminho a percorrer. Uma nova estrada, um pouso nesta chegada, cheia de novas partidas e chegadas!
Chegadas e partidas...
Campos, Karina Araújo. Belo Horizonte, dezembro de 2009.
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Suas sugestões, críticas, comentários são de grande valia para meu crescimento!
Abraço fraterno,
Karina Campos