Fotoletras Poéticas

Escrever, fotografar: eis a poesia do sentir; eis a poesia do olhar! Fotografar o que se vê, escrever o que se sente!
Eis-me aqui...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pequenos Pecados

Alessandro Pessoa


ESSA PAIXÃO INSANA...
...INSÔNIA MORDAZ
TALHA MEU SANGUE
ME BEIJA LILÁS

ESSA LÍNGUA ÁCIDA
COM SEU DOCE HÁLITO
LAMBE  MEUS LÁBIOS
SEU VENENO É RÁPIDO

SUSSURRA NO OUVIDO
PEQUENOS PECADOS
UM ANJO CAÍDO...
...DE APELOS MANJADOS

LANÇA SEU FEITIÇO
E ME  MOSTRA A PRÁTICA
ANTES QUE EU VIRE BICHO
E FAÇA A SUA MÁGICA

E É SÓ SENTIR...
...O CHEIRO DO SIM
E A TEZ
E É O TOQUE
E O TOQUE DE NOVO
A FÁBULA...O JOGO
E UM TRAGO NO FIM...


sábado, 2 de outubro de 2010

"Atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado"

“Atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado”

Karina Araújo Campos
02 de outubro de 2010.

Para Sakineh Ashtiani, a iraniana.

Imagem: Google

O Evangelho de João, capítulo 8, nos trás a narrativa de que Jesus foi para o monte das Oliveiras, e, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com Ele, e, assentando-se, os ensinava. Naquele contexto, escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.  E, pondo-a à mostra, disseram-lhe:
- Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

Sakineh, MULHER a luta continua...

A Mulher em sua alma: sempre apedrejada
Anos diversos a fio, milênios enfatizo.
De domesticada e reprodutora
Menos reconhecida que o cachorro
Domesticada e violentada
Provida por outrem, engessada...
De selvagem à revoltada
Por vezes (muitas) queimada
Inquisição, que se dizia santa
Há maior pecado que a criação dessa
malévola instituição?
Novamente a história se repete
Em prol da fé, da religião, da cultura
Instituída,
irão tirar a vida
Desprovida da liberdade de
Ser; seja lá o que se quer ser...
Apedrejar? Então, ainda hoje:
Atire a primeira pedra aquele
Desprovido do pecado...
Mesmo que a morte chegue
A Sakineh, que terá alma liberta
a mulher, ser humano, cidadã do mundo
perde seus direitos
E mesmo numa visão
Antropológica
É impossível conceber a ignorância
Do julgamento coletivo
Das chibatas, das pedras, da forca...
Como dizem e temem: seu problema
É mais que uma decisão jurídica de Estado
I R A niano
É uma luta de gênero,
Onde o Ocidente encontra-se
A favor da vida, da liberdade de escolha
Da liberdade do SER
Da MULHER.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aos Psicólogos



Aos Psicólogos
27 de agosto de 2010.

Karina Araújo Campos
Psicóloga


Faz-se encontro a vivência de cada dia
onde reside cada essência, cada self,
cada um, cada psique.

Descobre-se a cada experiência
uma existência, uma subjetividade.

Uma descoberta em parceria
O outro e o eu
O eu e o outro
Sempre

Enlaçados pela busca
Enlaçados pela procura
A escuta
O acolhimento
A empatia

Na relação humana
o compreender
no proceder temporal
dessa profissão
em sua essência!

Preciosidades



Imagem: Google

Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 26 de agosto de 2010.

Da vida presente:
presente maior.
Dádiva!
E tudo o que ela me trás...
Da família
ouro, prata e bronze,
pedras preciosas:
Lapidação constante,
Brilho eterno!
De essência luminosa
Amor transcendente
Amparo, base,
Plataforma existente
Do amor companheiro
Companheiro amor
defesa, sonhos, realização
Cumplicidade
Unicidade dupla
Junção, amparo
O eu, o seu, nosso...
Do self - sublime
Reconhecer-me capaz
Ousada, potencia, mulher,
Independente
Vencedora
Independência
E primordial:
Escolher tudo que sou
e que posso vir ser.


sábado, 21 de agosto de 2010

Catarse Poética: Série "Das Falsidades"


Imagens: Google

Série Catarses Poéticas - Das Falsidades

Para os pecados dos outros...

















Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 13 de julho de 2010.

Que a gula se vá goela adentro
e o veneno da sua angelical inveja
corroa suas vísceras e dilacerem
sua carne em volúpias e luxúria.
E que os conceituados valores
permanentes em sua soberba,
tão cobiçados pela falsidade
do “eu” inexistente
usufruam, assim
com tamanha avareza,
da preguiça que descansa
nas entranhas dessa
mundana vida de pecados,
em que a ira é grandiosa,
por nada conseguires com todas essas
“qualidades”. Amém!



As máscaras caem















Karina Campos
Belo Horizonte, 12 de julho de 2010.

Tudo o que não pode ser dito...
Ah!  - Sem hipocrisia -
Já é sabido!
Está mais que escarrado e cuspido
nas entrelinhas da falsidade
do que é dito pela incoerência dos atos
na coeficiência articulada das palavras.
Que hipocrisia achar que o bem está
em fazer apenas para outrem!
Há cobrança nas curvas da estrada.
Caminhada tortuosa...
Conquistas e falhas todos têm.
Que bem é esse que se dá
E nunca vem?
Amizade por interesse?
Sai pra lá que o diabo tá te esperando, meu “amigo”!
O mundo é grande demais
para que os aplausos venham desse
círculo vicioso, cheio de inveja e competição,
cheio de ciclos, cíclico, sem expansão!
O mundo é grande demais para
tão poucos e falsos aplausos...
Abram alas...
Dá licença, tô passando!
Deixando isso para trás.


Areia




















Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 12 de julho de 2010.

Manipula
Articula
Finge
Esfinge
Intocável
Toca-se
Remói-se
De nada adianta
ser o que não se é.
Os grãos de areia
movem-se um a um.



Guerra Fria














Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 12 de julho de 2010.

O que não pode ser dito
Dito está
Visto está
Sentido está

En / GANA
Es / GANA

Por que haveria de temer
tudo que estamos carecas
de ver e saber?
Não diga que se surpreendeu?

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