Plenitude
Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 15 de junho de 2012.
Imagem: Arquivo Pessoal
Um frêmito desejo em realização
Fecundação de amor em doce sonho
A verdade derradeira – sempre viva
Emana do rio, escorre – cachoeira.
Brota a vida em doce luar
Enquanto o jasmin crescente
Floresce em meu ventre.
Enluarada, envolvida neste self
Entenecida pelo calor envolto humano
Uma barriga qual lua cheia
Mãos e carícias passeam a contornando.
Emana bençãos de luz internas
e traz-me à luz
Um choro grave, rouco e forte
Que se interrompe ao me tocar, a me sentir.
Nascida para ser feliz e vencer todas
as barreiras – significa assim Iasmin
Lua nova e nova fase a nascer
Doce mel de abelha rainha.
Quando seus olhos nos meus
Quando a sugar esse peito
Na calmaria deste colo eterno
Sempre seu – o amor e o acalento.
Entre eu e você – laços
Fitas da coragem e da força diária
Que me fazem acordar plena para a vida.
A quem dou a minha própria vida
No seu sorriso, riso meu
Compasso de dois corações
Afinidade de duas almas
Aquilo que ninguém nunca vê…
Momentos de mãe e filha
Flor delicada e deusa tranquila
De firmeza intensa no querer e não querer
Começa a despetalar-se pela vida entre o bem-me-quer e o mal-me quer…
Doçura, perfume, amabilidade… Meiguice, suavidade, integridade…
Pequena Luna a falar com os olhos
Sorri na simpatia, de longe
Mas o toque é demais intimidade
Seletiva desde a tenra idade.
Uma compreensão
De gestos, cheiros e sons
Toque, calor, emoção
Enquanto um mundo é a plenitude de ser mãe
Um outro mundo desaba para a reconstrução.
E ela me fortalece para construir novos mundos todos os dias
E assim, construo castelos e casebres
Mas a felicidade mora quando estamos juntas,
Simplesmente.
Meu riso, seu sorriso…
Plenitude!