Novamente o vejo
Subindo a rua
Tentando equilibrar-se
Em pernas bambas
Descontroladas
Descompassadas...
Um passo à frente e
Dois atrás...
Que pena!
Que pena!
Um solitário
Ilimitado
Da dosagem ingerida...
Dosagem sem limite...
Que rumo tomas?
O de casa?
Pobre da mulher e dos filhos...
Embriagados
De olhos estatalados
Fóbicos da sua chegada...
Bêbados da sua bebida
Intragável infelicidade
Vício
Necessidade compulsiva
Impulsiva
O Etanol deu nó
Nas tripas e neurônios
Do alcoólatra...
Que pena!
Que pena!
Vejo-o mais uma vez
A subir a rua
Caindo...
Tão magro... magro...
Provável rumo é a casa...
O horário é o mesmo...
À espera
Deve estar a família:
Mulher e filhos
Embriagados
da sua chegada...
Que fim terás?
Anônimo deixou de ser
“Para mim”...
Parece-me trabalhador...
“Vitium” – falha / defeito
Desfeito...
Oposto da virtude...
Prazer seguido de dor...
Como você,
Tantos...
Que pena!
Que pena!
Ka, bela reflexão sobre o vício, sobre a falta de dignidade, de plenitude. Reflexão sobre a destruição do ser, da família, da falta que este ente "sóbrio", faz a todos. Lindo texto, beijos.
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