Karina Campos
Belo Horizonte, 19 de novembro de 2010.
Eu bem que poderia dar
por minhas experiências,
afirmações de que os seres humanos
são como as abelhas.
Mas não quero ofender as abelhas!
Pois as abelhas procuram flores
e fabricam o mel...
E só ferroam caso ameaçadíssimas.
Nem mesmo os marimbondos quero ofender.
Em comparação ao ser humano,
que em sua ignorante insegurança
ferroa como bicho... Mas que bicho?
Somente o bicho homem mesmo,
para atacar pela inveja,
pelo descaso,
pelas fraquezas,
e por usar do bem do outro
afim de alfinetar...
São medíocres, são insensatos...
Maravilha-me a santidade a que
procuram mostrar!
Quem não conhece que compre!
Tamanha futilidade nas perguntas,
tamanha futilidade nas observações
ridículas que fazem para o foco
das agulhadas.
Não merecem respostas...
Mas, como não sentir, claro,
como deveria ser...
Porém, tantas picadas,
tantas ferroadas
são sentidas, percebidas.
Perceptíveis: nos sensíveis!
Visíveis em significados e significantes.
Será somente minha neurose?
Ou quero tirar as agulhas do meu corpo?
Excelente reflexão, Karina!
ResponderExcluirAmei esse poema tão simbolista!
Beijos