Fotoletras Poéticas
Emoldurando Paisagens
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Café da Manhã
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
Recital e lançamento Nós da Poesia em 22 de maio, na Bienal do Livro
Foto: Brenda Marques
Leitura do Poema "Nós Dois" de Graça Campos, no Recital Nós da Poesia, na Bienal do Livro em BH, 22 de maio de 2010.
Foto: Gabriel Pessoa
Poetas de "Nós da Poesia" reunidos no stand da Editora All Print. Vicente Ferrer conta sua trajetória na profissão de Radialista.
Foto: Gabriel Pessoa
A convite da poeta e cantora de jazz, Lívia Tucci, o jovem Estevão, visitante da Bienal, lê poema no Recital.
Foto: Gabriel Pessoa
Os poetas recitaram seus poemas e poemas de poetas que não estavam presentes.
Texto e edição: Karina Campos
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Lançamento de Nós da Poesia na BIENAL MINAS
Dia 22/05, às 21 horas, na Bienal do Livro em Belo Horizonte, a Antologia "Nós da Poesia" (Editora All Printe) estará sendo relançada por suas organizadoras e poetas participantes (eu estou em Nós da Poesia).
Esperamos todos lá para degustarmos poemas da Antologia.
Organizado por Brenda Mars (IMEL)
Revisão de Bilá Bernardes e Clevane Pessoa
Poetas Participantes:
A antologia foi lançada na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, depois em S.Paulo no Espaço Cultural da All Printe e, em Belo Horizonte, no Cozinha de Minas.
Fonte: Divulgação de Clevane Pessoa e www.imersãolatina.blogspot.com
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Cachecóis da Graça
Em http://cachecoisdagraca.blogspot.com/
você encontra cachecóis e pelerines lindíssimos para se iluminar neste inverno!
Faça sua encomenda: gracacamposarte23@gmail.com (31) 9321-2553.
Balanços e MilkShakes
Allez Pessoa, baixista da Banda Tancredos, que toca nesta sexta, 14 de maio no Hard Rock Café, convida a todos para seu show e para a estréia de Balanços e MilkShakes, no dia 17 de maio, no Cine Clube Savassi. No filme, Alessandro Pessoa participou como aquarelista (veja os desenhos: http://www.balancosemilkshakes.com/?page_id=17), juntamente com Emerson Duarte, ambos com formação pela Escola de Quadrinhos de Belo Horizonte.
O Filme
Balanços e Milkshakes é uma produção da Apiário, realizada em 2010, em Belo Horizonte. Curta-metragem de animação em rotoscopia dirigido por Erick Ricco e Fernando Mendes foi o projeto de graduação dos diretores no curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais. O projeto iniciou-se em 2007, de forma independente, contando com o apoio da Universidade, da equipe do filme e de diversas empresas privadas. Para a finalização, contou com recursos do Programa Filme em Minas, promovido pela Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais e patrocinado pela CEMIG – Companhia Elétrica de Minas Gerais, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Complementar
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Mar/garidas
Um mar de nuvens brancas
sobre o azul cerúleo en/cantador
vento sussurra
alvas pétalas guardam ouro
dançam no tempo
eternizam-se em pólen
vida nova se espalha
em sopro divino.
Karina Campos, Belo Horizonte, 06 de maio de 2010.
Mãe
Karina Campos, Belo Horizonte, 06 de maio de 2010.
Uma síntese:
FORÇA
Ponder / ação
Bondade
Serenidade
Atitude
Valores do Bem
Respeito
Liberdade
Lado
a
Lado
Amiga
A melhor
Mãe
Incondicional
Yin
Perfeita
em suma
Yang
Complexa
de
Amor...
Homenagem especial à minha mãe e a todas as mães do mundo.
Seu Céu – Esse Céu
Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 19 de abril de 2010.
Se delírio insano
ou crença Divina
vislumbro todas as estrelas a brilhar
seja dia ou seja noite
quais guias a me inspirar!
Porque eu creio nas estrelas,
creio que elas não se apagam
e se elas morrem...
Dissolvem-se iluminadas!
Assim, só as estrelas...
Nesse céu azul, rosa e lilás.
E por mais que seja infinito
infinito é estar
Enlaçada em seus braços
em pernas
em seu olhar...
Seu céu vejo e sinto
de olhos fechados...
Tem aves multicores,
borboletas e fadas também
Nesse céu tem tudo...
Nele SOU TUDO que posso SER.
São todos os desejos e sonhos
que você quer me proporcionar...
Por isso esse céu é seu.
É tudo e o mais profundo
que posso lhe desejar!
Um céu lindo
azul, rosa, lilás, dourado,
alaranjado...
E minha presença
Pois é só você me abraçar
E eu fechar os olhos
Que estamos sós
No seu Céu!
Que pintei para agradecer tudo
que você é para mim!
O amor e a praia
Em todos os tempos as histórias de amor comovem o ser. O amor é como a água... o verdadeiro amor é transparente, é límpido e torna-nos sensíveis ao mundo. O mundo do amor é um mundo azul, onde o fogo da paixão enaltece a grandeza do sentir. Porém, a transparência do amor ultrapassa todo o fogo produzido pela paixão, e há coisas que só sobrevivem sob o frescor das águas, que no balanço, no vai e vem do seu movimento fazem-se e refazem-se assim como os amores e não deixam cinzas...
- “A areia é maravilhosa. Sentir a areia nos pés é prazeroso. São milhões de partículas minúsculas e redondinhas juntas, a formar as costas litorâneas. Seja ela fofa, seja ela mais molhada, seja mais condensada, vermelha, amarela ou branquinha, sentir a areia é algo acolhedor, algo diferente, é sublime, tranqüilizante”.
Essas foram as palavras de Yana à sua mãe, quando retornou da primeira viagem que fez para conhecer o mar, aos dezessete anos. Sotaque nordestino, faceira menina, morena, os lábios viviam em sorrisos, os dentes brancos sempre à mostra. Dourada de sol, sobre a pele curtida da labuta, Yana, realizara um dos maiores sonhos que para ela poderiam existir: conhecer o mar, pisar e correr na areia.
Margarida não se continha ao ver a felicidade da única filha. Extasiava-se na sala de estar com banquinhos de palha e cortiça, as duas a sorrirem e Yana não parava de falar.
- Como é lindo o mar, minha mãe! É igual olhar para o céu. Tudo azul, mais escuro que o céu, mas não tem fim. É mais bonito ainda, mainha, o mar encontra com o céu lá no infinito. É um romantismo que só vendo. E as ondas parecem que fazem o barulho do beijo do encontro. A senhora nem acredita que existe aquilo mesmo. Parece mentira. Mas é verdade, viu! A senhora tinha que estar comigo, minha mãe!
- Pois é, minha filha! Mas querer não é poder, você sabe disso. E escolhi você para realizar esse sonho, que é mais seu que meu. A mim basta suas alegrias neste mundo.
- Mainha, mas o melhor nem lhe contei ainda. Mas a senhora não pode se avexar comigo não. Eu conheci um rapaz bonito demais, parecendo galã de novela. Parecia que o mar havia se derramado dentro dos olhos dele mãe. E ele era tão simpático, e tão educado que seria do tipo de genro que a senhora pediu a Deus. Acho que ele se encantou comigo, sabe! Ficou impressionado de saber que eu estava conhecendo o mar pela primeira vez. Enquanto eu conhecia o mar ele me contou do mar dos quatro cantos do mundo, não sabe! E enquanto ele falava, eu ouvia, e meus pés sentiam a areia, aquelas bolinhas minúsculas, entrando nos meus dedos, numa sensação de paz que nem sei explicar. Até disse pra ele que nenhum lugar do mundo devia ter aquela areia que trazia aquela sensação dali. Acredita que ele riu e falou que cada areia de cada canto do mundo traz uma sensação diferente e que cada uma é melhor que a outra, sabia mainha!
- Ah, minha filha! Que história é essa de rapaz! E aonde é que essa história terminou, menina? Não me desaponte, não. Vai, conta logo...
- Calma minha mãe, terminou na areia mesmo. Deixa eu lhe contar, fique calma.
Yana, em sua sincera amizade com sua mãe, fazia-lhe cada palavra parecer-lhe a mais pura realidade, a fim de que a mãe sentisse como se estivesse naquela bela praia. Mas Yana continha os maiores desejos de mulher no âmago e naquele jeito de menina. Relatou detalhes do que gostaria que a mãe soubesse, mas seus segredos de amor vividos na praia permaneciam guardados mesmo naquela chuva de palavras da recém chegada viagem. A alma de Yana transbordava felicidade. Era a felicidade de um primeiro amor, cheio de paixão, desejos, vivenciado num lugar paradisíaco onde reinava a alegria sublime de dois corações jovens, libertos no sentir, prontos para o viver somente.
-Então, minha mãe, George me deu as mãos e passeou comigo pela praia, caminhando vagarosamente. Eu ia sentindo a brisa batendo em meu rosto, as ondinhas tocando meus pés, as conchinhas brilhantes na areia. E sentia principalmente meu coração, que batia fortemente, como nunca senti antes, minha mãe. Acho, na verdade, que vivi um grande amor naquela praia, vivi minha primeira paixão e foi tão bonito!
Em sua mente, Yana ainda sentia como se estivesse ao lado de George, revivendo cada instante da viagem que lhe parecia um sonho lindo. Sentia ainda os afagos de George em seus cabelos, os carinhos feitos em seu rosto de uma forma única, com as mãos em forma de concha, sentia o cheiro de sua pele encostada na sua, sentia o sorriso do amado a sorrir-lhe na alma, com a boca bem pertinho da sua. Para Yana aqueles momentos jamais passariam na sua memória.
A magia daqueles momentos iria perpetuar-se na memória de Yana, na memória do pensamento, na memória do cheiro, na memória do gosto... Os apaixonados se amaram em cada momento que puderam, como se cada instante fosse o último de suas vidas. Os olhares apenas viam um ao outro e a praia. O sentir ia ao infinito da linha do horizonte, um amor azul na praia azul.
George e Yana se despiram de corpo e de alma plenos de sentimentos verdadeiros. Deitados na areia entreolhavam-se sob uma cortina de estrelas a emoldurar aquele instante. Adormeceram sob finos lençóis de linho de algodão brancos. O vento leve cantava e acalentava os amantes desbravadores de si próprios e um do outro. Será que um dia iriam experienciar tais momentos novamente?
O dia da partida de Yana chegara. George a contemplava como quem contempla o mar, com olhos fixos no infinito. Ela sorria simplesmente cheia de agradecimentos ao que a vida estava lhe oferecendo. George pediu-lhe o endereço e vergonhosa Yana entregou-lhe um bilhetinho com o endereço e um telefone de favor do vizinho das proximidades de sua casa.
Disse-lhe que jamais esqueceria aquele amor, e que o azul do mar, do céu e dos olhos de George ficariam para sempre em seu coração, em sua alma, em sua vida.
- Se não se esquecer de mim, George, sabe onde me encontrar.
O ônibus de Yana se aproximava e as mãos dos apaixonados não se desgrudavam, numa forma de sentirem-se até o último segundo. George olhou-a como se penetrasse dentro dela, como alguém que entra no mar, mergulha na onda. Mergulhou profundamente nos olhos de Yana dizendo o quanto já a amava e que também era inesquecível para ele.
Yana beijou George com doçura, com mel, mais adocicada que água de beija-flor e foi-se, qual borboleta tão leve estava seu ser. Seu olhar só via o azul, seu olha só via o amor. O mesmo amor e o mesmo azul que vislumbra, hoje, nos olhos de seu filho ao relembrar toda a história.
Yana cercou-se de azul, do amor que para ela tem a cor azul e tem a leveza e a fúria das ondas. George encantou-se com a terra do sertão da casa de Yana, encantou-se com Yana, com o filho e a praia... A praia está dentro de cada um, na realidade de cada um. O amor também.
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Minha Terra Brasil
Karina Campos, Setembro de 2009.
No início eram matas verdejantes,
e a modernidade habitou entre nós!
Desbravadores, ainda hoje,
homens de louvores
são gente dessa terra.
Descobertas e redescobertas
Redes cobertas de uma cultura
a nascer... uma nova geração
a ação de uma nação
caminho do ouro
diamantes, esmeraldas
sol, calor, ambição
sangue
o ouro sumiu
a alma se derramou na lama
a lama devolveu a vida
a lama secou
se fez terra
essa terra de muitas terras
de muitas nações
que geram ações
gente
batente
temente
envolvente
Na musicalidade da terra
Um dançar de esperança
Um cantar hospitaleiro
A bravura do ser
Ente dessa terra
Liberdade
Igualdade
Caminhamos para a morte
Na luta do dia-a-dia
Pátria idolatrada
Amada
Nesse chão ventureiro
Que descobrimos sobre nossos pés
A cada raiar do dia.
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