Fotoletras Poéticas

Escrever, fotografar: eis a poesia do sentir; eis a poesia do olhar! Fotografar o que se vê, escrever o que se sente!
Eis-me aqui...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Café da Manhã


Karina Araújo Campos, Belo Horizonte, 14 de maio de 2010.

No quarto, um ar fresco rompia as barreiras do fogo da noite. Levantou-se, olhando o corpo dela enrolado nos lençóis. Saiu do quarto fechando a porta lentamente.

Na cozinha, lavou morangos, peras e uvas. Partiu a papaia. Ferveu água para café, preparou a travessa com pães e biscoitos e arrancou flores das violetas. Pegou as xícaras com receio de quebrá-las, fez suco de caju, colocou os copos na bandeja. Ajeitou tudo na sua plena perfeição máscula e levou o café da manhã completo nas mãos.

Firmou o cotovelo na maçaneta da porta e a empurrou sorrateiramente. Mas, uma uva, traindo-lhe, saltou ao chão estourando-se na madeira do piso. E ela, vislumbrando mais que surpreendida, aquele gesto matutino, sentou-se na cama, aguardando as guloseimas. Sugou-lhe o mel dos lábios primeiramente. Depois degustou as frutas, os lábios, os pães, os lábios e os lábios, esperando que todos os dias fossem como aquela manhã.

Mini-conto "Café da Manhã", Revista Pragmatha edição maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Beleza

Consulte: www.viviexecutivadevendas.blogspot.com

domingo, 23 de maio de 2010

Recital e lançamento Nós da Poesia em 22 de maio, na Bienal do Livro


Foto: Brenda Marques

Leitura do Poema "Nós Dois" de Graça Campos, no Recital Nós da Poesia, na Bienal do Livro em BH, 22 de maio de 2010.

Foto: Gabriel Pessoa

Poetas de "Nós da Poesia" reunidos no stand da Editora All Print. Vicente Ferrer conta sua trajetória na profissão de Radialista.

Foto: Gabriel Pessoa

A convite da poeta e cantora de jazz, Lívia Tucci, o jovem Estevão, visitante da Bienal, lê poema no Recital.

Foto: Gabriel Pessoa

Os poetas recitaram seus poemas e poemas de poetas que não estavam presentes.

Texto e edição: Karina Campos

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lançamento de Nós da Poesia na BIENAL MINAS

Eu, no estande da Editora All Printe, Bienal do Livro em MG, na Rua G.

Dia 22/05, às 21 horas, na Bienal do Livro em Belo Horizonte, a Antologia "Nós da Poesia" (Editora All Printe) estará sendo relançada por suas organizadoras e poetas participantes (eu estou em Nós da Poesia).


Esperamos todos lá para degustarmos poemas da Antologia.


Organizado por Brenda Mars (IMEL) 
Revisão de Bilá Bernardes e Clevane Pessoa
Poetas Participantes: 

Angela Togeiro, Aníbal Albuquerque, Avelin Rosana, Bilá Bernardes, Brenda Mars, Carmem Cristal, Cláudio Márcio, Clevane Pessoa, Dimythryus, Filipe Marks, Graça Campos, Helenice Rocha, Iara Abreu, Jéssica Araújo, Karina Campos,Lívia Tucci, Lucas Guimaraens 
Luciana Campos, Luciana Tannus, Luiz Lyrio, 
Marco Llobus, Maria Moreira, Marta Reis, 
Nina Reis, Neuza Ladeira, Regina Mello, Rosângela Ferris, Silvia Motta, Soninha Porto
Tânia Diniz, Rosa Pimentel, Roberto Bianchi 
Terezinha Romão, Vagnér Santo, Vicente Ferrer

Na foto, o autor Carlos Fabiano Braga, lança seu novo livro "Europa em Quatro Estilos, pela Editora All Printe, em 19 de maio de 2010.



A antologia foi lançada na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, depois em S.Paulo no Espaço Cultural da  All Printe e, em Belo Horizonte, no Cozinha de Minas.


Fonte: Divulgação de Clevane Pessoa e www.imersãolatina.blogspot.com

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cachecóis da Graça


Em http://cachecoisdagraca.blogspot.com/
você encontra cachecóis e pelerines lindíssimos para se iluminar neste inverno!
Faça sua encomenda: gracacamposarte23@gmail.com (31) 9321-2553.



Balanços e MilkShakes

Visite: http://www.balancosemilkshakes.com


Allez Pessoa, baixista da Banda Tancredos, que toca nesta sexta, 14 de maio no Hard Rock Café, convida a todos para seu show e para a estréia de Balanços e MilkShakes, no dia 17 de maio, no Cine Clube Savassi. No filme, Alessandro Pessoa participou como aquarelista (veja os desenhos: http://www.balancosemilkshakes.com/?page_id=17), juntamente com Emerson Duarte, ambos com formação pela Escola de Quadrinhos de Belo Horizonte.

O Filme

Um amor vivido por duas crianças é lembrado por um narrador.
Balanços e Milkshakes é uma produção da Apiário, realizada em 2010, em Belo Horizonte. Curta-metragem de animação em rotoscopia dirigido por Erick Ricco e Fernando Mendes foi o projeto de graduação dos diretores no curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais. O projeto iniciou-se em 2007, de forma independente, contando com o apoio da Universidade, da equipe do filme e de diversas empresas privadas. Para a finalização, contou com recursos do Programa Filme em Minas, promovido pela Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais e patrocinado pela CEMIG – Companhia Elétrica de Minas Gerais, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Complementar


Imagem: Garden - Windows 

Karina Araújo Campos
Belo Horizonte, 07 de maio de 2010.

Esse fogo etéreo
dilui em água
encharca a terra
evapora no ar.

Derretido e quente,
altos graus da loucura
ouro, prata, bronze,
embrulham di/amante.

Molhada sua e nua...
Cessar: fogo parou
faltou o ar na garganta
depois que a jóia chegou.

Espelho cheio de vapor
límpido ficou.
Vê-se esplendorosa
narcísica refletida
depois do amor.

Suor,
fogo derretido
água cheia de sabor...
Refaz-se valorosa,
jóia pendurada no pescoço.

Morde os lábios
Sorrindo
Sopra-lhe um sussurro à face
E recomeça
Enaltecida
Um jogo para se completar:
Complementar.

Indique a leitura através deste site: www.fotoletraspoeticas.blogspot.com

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mar/garidas

Imagem: Google

Um mar de nuvens brancas
sobre o azul cerúleo en/cantador
vento sussurra
alvas pétalas guardam ouro
dançam no tempo
eternizam-se em pólen
vida nova se espalha
em sopro divino.

Karina Campos, Belo Horizonte, 06 de maio de 2010.

Mãe

Imagem: Google (Papel de Parede)

Karina Campos, Belo Horizonte, 06 de maio de 2010.


Uma síntese:
FORÇA
Ponder / ação
Bondade
Serenidade
Atitude
Valores do Bem
Respeito
Liberdade
Lado
a
Lado
Amiga
A melhor
Mãe
Incondicional
Yin
Perfeita
em suma
Yang
Complexa
de
Amor...

Homenagem especial à minha mãe e a todas as mães do mundo.

Imagine = Imagem criar

Imagem: http://www.photohome.com/pictures/baby-pictures/babys-face-dads-hand-1a.jpg

Seu Céu – Esse Céu

Imagem do Google


Karina Araújo Campos

Belo Horizonte, 19 de abril de 2010.


Se delírio insano

ou crença Divina

vislumbro todas as estrelas a brilhar

seja dia ou seja noite

quais guias a me inspirar!


Porque eu creio nas estrelas,

creio que elas não se apagam

e se elas morrem...

Dissolvem-se iluminadas!


Assim, só as estrelas...

Nesse céu azul, rosa e lilás.

E por mais que seja infinito

infinito é estar

Enlaçada em seus braços

em pernas

em seu olhar...


Seu céu vejo e sinto

de olhos fechados...

Tem aves multicores,

borboletas e fadas também

Nesse céu tem tudo...

Nele SOU TUDO que posso SER.


São todos os desejos e sonhos

que você quer me proporcionar...

Por isso esse céu é seu.

É tudo e o mais profundo

que posso lhe desejar!


Um céu lindo

azul, rosa, lilás, dourado,

alaranjado...


E minha presença

Pois é só você me abraçar

E eu fechar os olhos

Que estamos sós

No seu Céu!


Que pintei para agradecer tudo

que você é para mim!

Motivação

O amor e a praia

Imagem: Imagens do Microsoft Windows

Karina Campos, Julho de 2009.

Em todos os tempos as histórias de amor comovem o ser. O amor é como a água... o verdadeiro amor é transparente, é límpido e torna-nos sensíveis ao mundo. O mundo do amor é um mundo azul, onde o fogo da paixão enaltece a grandeza do sentir. Porém, a transparência do amor ultrapassa todo o fogo produzido pela paixão, e há coisas que só sobrevivem sob o frescor das águas, que no balanço, no vai e vem do seu movimento fazem-se e refazem-se assim como os amores e não deixam cinzas...

- “A areia é maravilhosa. Sentir a areia nos pés é prazeroso. São milhões de partículas minúsculas e redondinhas juntas, a formar as costas litorâneas. Seja ela fofa, seja ela mais molhada, seja mais condensada, vermelha, amarela ou branquinha, sentir a areia é algo acolhedor, algo diferente, é sublime, tranqüilizante”.

Essas foram as palavras de Yana à sua mãe, quando retornou da primeira viagem que fez para conhecer o mar, aos dezessete anos. Sotaque nordestino, faceira menina, morena, os lábios viviam em sorrisos, os dentes brancos sempre à mostra. Dourada de sol, sobre a pele curtida da labuta, Yana, realizara um dos maiores sonhos que para ela poderiam existir: conhecer o mar, pisar e correr na areia.

Margarida não se continha ao ver a felicidade da única filha. Extasiava-se na sala de estar com banquinhos de palha e cortiça, as duas a sorrirem e Yana não parava de falar.

- Como é lindo o mar, minha mãe! É igual olhar para o céu. Tudo azul, mais escuro que o céu, mas não tem fim. É mais bonito ainda, mainha, o mar encontra com o céu lá no infinito. É um romantismo que só vendo. E as ondas parecem que fazem o barulho do beijo do encontro. A senhora nem acredita que existe aquilo mesmo. Parece mentira. Mas é verdade, viu! A senhora tinha que estar comigo, minha mãe!

- Pois é, minha filha! Mas querer não é poder, você sabe disso. E escolhi você para realizar esse sonho, que é mais seu que meu. A mim basta suas alegrias neste mundo.

- Mainha, mas o melhor nem lhe contei ainda. Mas a senhora não pode se avexar comigo não. Eu conheci um rapaz bonito demais, parecendo galã de novela. Parecia que o mar havia se derramado dentro dos olhos dele mãe. E ele era tão simpático, e tão educado que seria do tipo de genro que a senhora pediu a Deus. Acho que ele se encantou comigo, sabe! Ficou impressionado de saber que eu estava conhecendo o mar pela primeira vez. Enquanto eu conhecia o mar ele me contou do mar dos quatro cantos do mundo, não sabe! E enquanto ele falava, eu ouvia, e meus pés sentiam a areia, aquelas bolinhas minúsculas, entrando nos meus dedos, numa sensação de paz que nem sei explicar. Até disse pra ele que nenhum lugar do mundo devia ter aquela areia que trazia aquela sensação dali. Acredita que ele riu e falou que cada areia de cada canto do mundo traz uma sensação diferente e que cada uma é melhor que a outra, sabia mainha!

- Ah, minha filha! Que história é essa de rapaz! E aonde é que essa história terminou, menina? Não me desaponte, não. Vai, conta logo...

- Calma minha mãe, terminou na areia mesmo. Deixa eu lhe contar, fique calma.

Yana, em sua sincera amizade com sua mãe, fazia-lhe cada palavra parecer-lhe a mais pura realidade, a fim de que a mãe sentisse como se estivesse naquela bela praia. Mas Yana continha os maiores desejos de mulher no âmago e naquele jeito de menina. Relatou detalhes do que gostaria que a mãe soubesse, mas seus segredos de amor vividos na praia permaneciam guardados mesmo naquela chuva de palavras da recém chegada viagem. A alma de Yana transbordava felicidade. Era a felicidade de um primeiro amor, cheio de paixão, desejos, vivenciado num lugar paradisíaco onde reinava a alegria sublime de dois corações jovens, libertos no sentir, prontos para o viver somente.

-Então, minha mãe, George me deu as mãos e passeou comigo pela praia, caminhando vagarosamente. Eu ia sentindo a brisa batendo em meu rosto, as ondinhas tocando meus pés, as conchinhas brilhantes na areia. E sentia principalmente meu coração, que batia fortemente, como nunca senti antes, minha mãe. Acho, na verdade, que vivi um grande amor naquela praia, vivi minha primeira paixão e foi tão bonito!

Em sua mente, Yana ainda sentia como se estivesse ao lado de George, revivendo cada instante da viagem que lhe parecia um sonho lindo. Sentia ainda os afagos de George em seus cabelos, os carinhos feitos em seu rosto de uma forma única, com as mãos em forma de concha, sentia o cheiro de sua pele encostada na sua, sentia o sorriso do amado a sorrir-lhe na alma, com a boca bem pertinho da sua. Para Yana aqueles momentos jamais passariam na sua memória.

A magia daqueles momentos iria perpetuar-se na memória de Yana, na memória do pensamento, na memória do cheiro, na memória do gosto... Os apaixonados se amaram em cada momento que puderam, como se cada instante fosse o último de suas vidas. Os olhares apenas viam um ao outro e a praia. O sentir ia ao infinito da linha do horizonte, um amor azul na praia azul.

George e Yana se despiram de corpo e de alma plenos de sentimentos verdadeiros. Deitados na areia entreolhavam-se sob uma cortina de estrelas a emoldurar aquele instante. Adormeceram sob finos lençóis de linho de algodão brancos. O vento leve cantava e acalentava os amantes desbravadores de si próprios e um do outro. Será que um dia iriam experienciar tais momentos novamente?

O dia da partida de Yana chegara. George a contemplava como quem contempla o mar, com olhos fixos no infinito. Ela sorria simplesmente cheia de agradecimentos ao que a vida estava lhe oferecendo. George pediu-lhe o endereço e vergonhosa Yana entregou-lhe um bilhetinho com o endereço e um telefone de favor do vizinho das proximidades de sua casa.

Disse-lhe que jamais esqueceria aquele amor, e que o azul do mar, do céu e dos olhos de George ficariam para sempre em seu coração, em sua alma, em sua vida.

- Se não se esquecer de mim, George, sabe onde me encontrar.

O ônibus de Yana se aproximava e as mãos dos apaixonados não se desgrudavam, numa forma de sentirem-se até o último segundo. George olhou-a como se penetrasse dentro dela, como alguém que entra no mar, mergulha na onda. Mergulhou profundamente nos olhos de Yana dizendo o quanto já a amava e que também era inesquecível para ele.

Yana beijou George com doçura, com mel, mais adocicada que água de beija-flor e foi-se, qual borboleta tão leve estava seu ser. Seu olhar só via o azul, seu olha só via o amor. O mesmo amor e o mesmo azul que vislumbra, hoje, nos olhos de seu filho ao relembrar toda a história.

Yana cercou-se de azul, do amor que para ela tem a cor azul e tem a leveza e a fúria das ondas. George encantou-se com a terra do sertão da casa de Yana, encantou-se com Yana, com o filho e a praia... A praia está dentro de cada um, na realidade de cada um. O amor também.

Todos os direitos reservados ao autor. Não autorizada cópia. Indique a leitura através deste blog:www.fotoletraspoeticas.blogspot.com

Minha Terra Brasil

Imagem: Google (Olho Brasil)

Karina Campos, Setembro de 2009.

No início eram matas verdejantes,

e a modernidade habitou entre nós!

Desbravadores, ainda hoje,

homens de louvores

são gente dessa terra.

Descobertas e redescobertas

Redes cobertas de uma cultura

a nascer... uma nova geração

a ação de uma nação

caminho do ouro

diamantes, esmeraldas

sol, calor, ambição

sangue

o ouro sumiu

a alma se derramou na lama

a lama devolveu a vida

a lama secou

se fez terra

essa terra de muitas terras

de muitas nações

que geram ações

gente

batente

temente

envolvente

Na musicalidade da terra

Um dançar de esperança

Um cantar hospitaleiro

A bravura do ser

Ente dessa terra

Liberdade

Igualdade

Caminhamos para a morte

Na luta do dia-a-dia

Pátria idolatrada

Amada

Nesse chão ventureiro

Que descobrimos sobre nossos pés

A cada raiar do dia.

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